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Big Data: o que é, para que serve e como funciona?

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Big Data: o que é, para que serve e como funciona?

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O termo Big Data pode soar familiar aos nossos ouvidos, mas para muitas pessoas o significado fica totalmente perdido. Numa era em que ouvimos falar cada vez mais de Big Data – ou de megadados, como são também conhecidos – torna-se importante perceber o que significa este termo e como pode ser incorporado na envolvente empresarial. Ao longo dos próximos parágrafos este é por isso o tema principal que abordaremos.

A expressão big data ganhou popularidade em meados dos anos 2000, quando o Google e pouco depois a Yahoo começaram a usar este recurso para melhorar as suas plataformas e aumentar o seu alcance. Em termos simples, Big Data refere-se ao armazenamento de uma grande quantidade de dados armazenados, dados esses que podem ser usados para os mais variados fins e interpretados para perceber o mercado, como se está a comportar e para que rumo segue.

Por essa mesma razão, Big Data representa o imenso volume de dados – estruturados e não estruturados – que impactam os negócios no dia-a-dia. De realçar, no entanto, que não é a quantidade de dados que importa, mas sim o que as empresas fazem com eles. Ao ser bem trabalhado, o Big Data pode permitir a extração de insights que levam a melhores decisões e a decisões estratégicas de negócio.

Tendo como principal objetivo melhorar os processos de trabalho dos seus utilizadores, por permitir interpretações rápidas e valiosas sobre as tendências de mercado, comportamento de consumo e oportunidades potenciais, o Big Data começa a ser considerado por cada vez mais empresas que procuram um posicionamento no mercado.

Quando combinado com o analytics, o Big Data permite estruturar informações recolhidas para atingir um número de propósitos que serão benéficos para a empresa, nomeadamente a identificação de condutas de impostura e fraude que alertem a empresa e permitam tomar acções de prevenção; a identificação da origem dos problemas e falhas da organização em tempo real; criar dinâmicas de venda consoante o comportamento dos clientes e as tendências de mercado.

Aqueles que conseguem obter resultados através deste recurso conseguem posicionar-se à frente no mercado… e não é isso que todos queremos?

Para que entenda melhor como tudo se processa, dedicamos os próximos parágrafos ao Big Data e fazemos o nosso melhor para lhe explicar como tudo funciona. Para começar, vamos desmistificar os 5 Vs que estão na base deste processo e de seguida apresentamos um caso prático de uma marca conhecida do mercado.

Os 5 V’s do big data

A junção das cinco bases do big data permite uma análise precisa de todas as informações públicas, englobando dados estruturados e não estruturados, como conteúdos disponíveis em áudios, documentos, imagens e vídeos. Conheça essas 5 bases:

Volume

O big data possibilita o armazenamento de fontes variadas, nomeadamente transações comerciais, redes sociais e dados automáticos transmitidos por máquinas ou sensores. Tudo o que acontecer na sua empresa fica registado em números  num grande servidor. Noutros tempos esta era uma realidade impossível: armazenar uma quantidade tão vasta de informações, ainda por cima para tomar decisões estratégicas.

Velocidade

Como podemos calcular, os dados úteis para as organizações são disponibilizados a uma velocidade impossível: caso contrário não fazia sentido serem utilizados, porque perderiam a validade. Felizmente, o big data identifica radiofrequência (RFID), sensores, dispositivos móveis e medidores inteligentes para lidar com a velocidade do mundo informatizado.

 

Variedade

De seguida, falamos de variedade: este é um dos pilares do Big Data que se refere aos diferentes formatos e estruturas em que os dados são gerados. Há importantes dados numéricos, nomeadamente de áudio, vídeos, textos e até não estruturados que precisam de ser organizados e estudados de acordo com o objetivo de uma organização. A variedade permite à empresa ter uma melhor noção do mercado e das suas dimensões.

Veracidade

O pilar da veracidade refere-se aos dados que resultam da dinâmica humana, nomeadamente os que são registados nos motores de pesquisa, navegadores browser ou interação de redes sociais. Os dados catalogados são entendidos como interações reais, válidos para o big data.

Valor

O big data tem a capacidade de distinguir dados e informações que apresentam maior valor para o negócio, como a página com mais visitas, a que gera mais interação e o canal com mais conversão de vendas. Através disto mesmo, o empreendedor consegue identificar o melhor foco de investimento para gerar maior retorno para o negócio.

Caso Prático de como Big Data se encontra a ser usado

Para que fique com a noção de como tudo isto se processa, achamos que seria oportuno terminar este artigo com um caso prático de uma empresa que tem usado Big Data para melhorar os seus resultados e tomar decisões estratégicas. A Wal Mart é um dos maiores supermercados do mundo, encontrando-se presente em 28 países diferentes, número esse que se traze em dois milhões de colaboradores por mais de 20 mil lojas.

Com uma dimensão tão vasta não é surpreendente que consideram o Big Data para tomar decisões estratégicas e prever comportamentos. Em 2012, quando o Furacão Sandy atingiu os Estados Unidos, a Wal Mart percebeu que insights surpreendentes, capazes de representar novas oportunidades, podiam ser encontrados quando os dados fossem analisados como um todo em vez de interpretados individualmente.

Numa tentativa de prever a procura de mercadorias iria mudar perante a situação de emergência, a Wal Mart cruzou-se com algumas estatísticas surpreendentes: além do claro aumento de procura por lanternas e equipamento de emergência, as vendas de Pop Tarts de morango estavam a aumentar numa série de lojas. Assim, para evitar ruptura de stock, reforços para cada um dos artigos foi despachado para certas lojas. As vendas foram um sucesso.

Este foi apenas um dos exemplos em que a Wal Mart fez uso de dados para prever tendências.

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