Home / Empreendedorismo /

Como é feita uma análise de fluxo de caixa de uma empresa

Como é feita uma análise de fluxo de caixa de uma empresa

Share this article

    

O fluxo de caixa é um indicador muito importante na hora de controlar e analisar as finanças de uma empresa.

Toda empresa possui compras e vendas. Assim, o fluxo de caixa acontece através dos recebimentos e pagamentos que a firma faz.

Por meio do fluxo de caixa é possível traçar diagnóstico e prever problemas. Por isso, é essencial controlar e conhecer bem o caixa da empresa.

O que é Fluxo de Caixa?

Todos os recebimentos e pagamentos vão passar pelo caixa da empresa. O fluxo de caixa vai computar essas transações, além das transações futuras.

Como, praticamente todas as empresas possuem recebimentos futuros e pagamentos futuros, o fluxo de caixa precisa contar com as previsões futuras de como estará o caixa.

Por exemplo: uma empresa que possui R$ 10.000,00 a pagar daqui um mês, e tem R$ 1.000,00 no caixa, vai precisar de mais R$ 9.000,00, no mínimo para conseguir ficar no zero a zero.

Sem essa previsão, uma firma não consegue administrar a situação e tomar atitude para sanar o eventual problema futuro.

De repente, os recebimentos futuros, que vão cair em um mês, somem R$ 8.000,00, valor que ainda seria insuficiente para cobrir os R$ 10.000,00.

Portanto, em uma situação assim, o gestor terá que recorrer a uma linha de crédito, ou alguma forma para prover capital ao caixa. O fluxo de caixa tem essa função, de ajudar o gestor no diagnóstico da empresa.

Como calcular o fluxo de caixa?

Para manter um fluxo de caixa apurado na empresa, o gestor terá que levantar todas as receitas,  despesas capitais e custos.

Em um controle, será preciso lançar os valores que entram de clientes e também os valores futuros.

Os valores futuros precisam estar juntos das datas previstas para recebimento. Desse modo, o gestor consegue prever quando as próximas entradas vão acontecer no caixa.

Com relação aos custos e despesas, os valores também terão que ser lançados. Sai dinheiro do caixa, tal valor deve ser baixado no fluxo de caixa. Houve compras, mas os valores serão descontados depois? Então será necessário manter o controle do pagamento futuro.

Desse modo, o fluxo de caixa vai ganhando corpo e função na empresa. Um bom controle pode ajudar muito no controle atual e futuro.

Vale destacar que a entrada de valores referentes a empréstimos, linhas de crédito, pagamento de dividendos e distribuições, também devem ser computados no fluxo de caixa.

Tudo isso precisa ser lançado para dar a verdadeira dimensão das finanças da companhia.

Como analisar o fluxo de caixa?

Contabilmente existe um relatório que é amplamente utilizado para análises, esse relatório se chama DFC (Demonstrativo de Fluxo de Caixa).

O DFC pode ser feito de duas formas, ou pela análise direta, ou indireta. O DFC direto vai contabilizar em seu relatório todos os movimentos relacionados à caixa.

Já o indireto, terá os movimentos de várias contas, onde indiretamente tais contas exercem influência sobre o fluxo de caixa.

 

Em outras palavras, um relatório, direto, mostra a perceptiva do caixa, sendo que o indireto mostra a perspectiva das outras contas, contra o caixa.

Os dois relatórios são corretos e podem ser analisados, mas, o DFC direto é de mais fácil compreensão.

Análise horizontal

Dentro da análise horizontal, a pessoa poderá comparar a evolução dos valores da conta de período para período.

O objetivo da análise é verificar e identificar mudanças dentro das contas. Por exemplo: em 2021 a conta referente telefone juntou um valor total de R$ 2.000,00. Já em 2020, tal valor ficou em R$ 1.000,00.

Porque dobrou os gastos com telefone? Houve realmente um investimento na área? Ou será que isso foi somente o aumento repassado pela empresa de telefonia?

Essas dúvidas surgem e conforme for esclarecida, a tomada de decisão pode acontecer. Vamos manter? Será trocado o serviço?

Análise Vertical

Diferente da análise horizontal, a vertical vai considerar todas as contas do período. Desse modo, a pessoa vai fazer a análise sobre o próprio DFC.

Na análise vertical o gestor terá condições de analisar com cuidado todos os valores e itens da DFC e fazer comparações entre eles.

Por exemplo: uma empresa que consegue terminar com mais caixa (em comparação ao saldo inicial) aparenta estar com um bom negócio, mas se as receitas forem inferiores às compras, a operação não está assim tão bem.

Um negócio sustentável precisa manter mais entradas do que saídas. A partir do momento em que existem mais saídas do que entradas, a firma terá que contar com recursos de terceiros, novos aportes dos proprietários, ou outra solução similar para cobrir o furo de caixa.

Antes que isso possa se tornar algo mais prejudicial à firma, uma boa análise vertical do DFC pode ajudar a identificar e mitigar os danos.

Conclusão

Uma forma de identificar problemas e soluções dentro de uma empresa é através do fluxo de caixa.

Praticamente todas as operações de uma firma passam pelo fluxo de caixa. Pagamento de empréstimos, funcionários, recebimentos de vendas, ganhos com juros, enfim, há diversas contas que entram no fluxo de caixa.

Ao estabelecer um controle bem rigoroso, o gestor terá formas de evitar e identificar problemas.

Se a firma está pagando as compras muito mais rápido do que os recebimentos entram no caixa, isso pode ser visto, com antecedência, através do fluxo de caixa.

Outros problemas também podem ser identificados. A contabilidade também pode colaborar no diagnóstico, fornecendo o DFC.

Por meio da análise horizontal e vertical do DFC, o gestor terá ferramentas mais que suficientes para identificar anomalias e poupar caixa do seu fluxo. Um bom controle do fluxo de caixa pode salvar e evitar problemas a empresa. 

POSTS RELACIONADOS

Share this article

Leave a comment

Your email address will not be published. Required fields are marked *