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Waymo: conheça melhor os carros autónomos da Google

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Waymo: conheça melhor os carros autónomos da Google

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Quem ouve falar pela primeira vez do Waymo pensa que estamos a falar de algo que parece ainda muito distante, algo saído de filmes de ficção científica e que terá muito que andar até poder chegar às ruas. No entanto, a Google continua a investir nos seus carros autónomos, que recentemente se separaram da Google para constituir a empresa Waymo. O vínculo entre as duas empresas continua e espera-se que juntas iniciem uma verdadeira revolução no mercado dos transportes.

O carro autónomo encontra-se em desenvolvimento desde o início do século. O projeto era inicialmente liderado por Sebastian Thrun, ex-diretor do Laboratório de Inteligência Artificial de Stanford e coinventor do Google Street View. A equipe de Thrun em Stanford criou o veículo robótico Stanley que ganhou o DARPA Grand Challenge 2005 além do prémio de 2 milhões de dólares americanos do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Por essa altura, a equipa de desenvolvimento do sistema era composta apenas por 15 engenheiros que trabalhavam para o Google.

A premissa desta tecnologia é simples: um carro que se conduz a si mesmo. Através de um sistema de sensores capaz de reconhecer outros veículos, ciclistas e pedestres, o carro autónomo do Google consegue prever comportamentos e ajustar a velocidade conforme as condições da estrada, além de estar programado para navegar por determinadas rotas e levar os passageiros ao seu destino. A ideia é não só tornar mais confortável a experiência do condutor, como assegurar ainda uma maior segurança na estrada.

Após ter sido anunciada em de maio de 2016 a pareceria entre o gigante tecnológico Google e o grupo automóvel Fiat Chrysler Automobiles (FCA), chega agora à luz do dia mais detalhes acerca do Waymo. Os primeiros detalhes surgem apenas sete meses após o início dos trabalhos daquela que será a versão de produção do carro autónomo e que, numa fase inicial, contará apenas com 100 unidades. Esta carrinha tem a capacidade de ser completamente autónoma, e esta autonomia permite-lhe deslocar-se aproximadamente 50km.

Tendo por base o monovolume Chrysler Pacifica – proposta que nos Estados Unidos veio substituir o conhecido Voyager, outrora já comercializado em Portugal –, estas carrinhas foram alteradas para acomodar toda a tecnologia necessária de modo a que os carros possam ser autónomos, o que mudou radicalmente a sua estética, quer exterior quer interior. O planos da Waymo e da FCA passam agora por avaliar a reacção dos consumidores a estes novos carros, preparando as suas estratégias de marketing.

No que diz respeito ao exterior, por exemplo, as imagens agora divulgadas mostram não somente os pára-choques dianteiro e traseiro com vários sensores, como também uma série de alterações no tejadilho, devido à adoção de vários sistemas tecnológicos e de eletrónica necessários ao funcionamento da condução autónoma. De acordo com a Auto Express, a condução autónoma terá no entanto de ser sempre operada sob supervisão, ou seja, com o suposto condutor no interior.

De resto, as alterações operadas no Pacifica resultam de um trabalho conjunto dos engenheiros da Google com os técnicos da FCA, naquela que foi também a primeira vez que tal aconteceu. Até aqui, e apesar dos inúmeros testes feitos com os mais diferentes veículos, nunca a Google havia trabalhado de forma conjunta com um fabricante automóvel tradicional.

 

Quanto à escolha do Chrysler Pacifica como base para o seu carro autónomo, tem a ver com o facto de a tecnológica ter desde sempre mostrado preferência por monovolumes ou “minivans” neste seu projeto. Desde logo, por entender que o carro autónomo deve competir mais com o transporte público, do que propriamente com os veículos particulares.

Waymo: para que servem os carros autónomos da Google?

Nas suas tomadas de posição públicas, a Google destacou os aspetos práticos como os principais motivos para a escolha do Chrysler Pacifica, nomeadamente por permitir não só a instalação de toda a tecnologia de condução autónoma, como uma maior facilidade de utilização por parte dos passageiros.

Recorde-se que o atual Chrysler Pacifica é um modelo extremamente recente – foi apresentado no último Salão Automóvel de Detroit–, além de versátil e funcional. Na versão original, conta, por exemplo, com ecrãs com entradas HDMI para os lugares traseiros e um ecrã de 8,4″ com sistema de infoentretenimento Uconnect no tablier, além de um aspirador na segunda fila de bancos.

Segundo as informações agora divulgadas, o Chrysler preparado pela Google e pela FCA para a condução autónoma vai receber uma motorização híbrida, combinando um V6 de 3,6 litros a gasolina com um motor eléctrico com bateria de 16 kWh, garantindo assim uma utilização em modo exclusivamente eléctrico.

Embora não seja ainda conhecida a data em que vão arrancar os testes de estrada com o novo veículo, tudo aponta para que, agora que a versão final do automóvel foi revelada, seja possível ver nos próximos meses, pelo menos, algumas unidades a circular nas estradas norte-americanas.

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