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Qual o perfil do gestor de redes sociais no Brasil?

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Qual o perfil do gestor de redes sociais no Brasil?

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Júnior Siri ficou responsável pela recolha e análise dos dados da quinta investigação que pretende avaliar “O Profissional de Inteligência de Mídias Sociais no Mercado Brasileiro”. Uma vez que uma grande fatia da nossa audiência provém do Brasil, achamos que seria interessante dedicar um post do Estratégia Digital à análise dos dados registados neste estudo.

A primeira vez que se realizou esta investigação foi em 2011, pelas mãos de Tarcizio Silva. Esta edição, que como já dissemos acima foi dirigida pelo agente publicitário Júnior Siri, contou com o apoio  da Media Edication e envolveu as respostas dos 296 profissionais de Redes Sociais.

Esta é a maior investigação do género alguma vez realizada no Brasil acerca dos profissionais que trabalham com redes sociais. Entre os vários parâmetros avaliados foram tomados em consideração os campos de trabalho, as ferramentas e conhecimento na área, as fontes de conteúdo e referência, a formação e estudos, entre outros.

Que conclusões foram retiradas? Descubra a seguir.

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Como é um gestor de redes sociais no Brasil?

São Paulo e Rio de Janeiro distinguem-se face todo o território brasileiro por concentrarem uma boa parte da mão de obra do país. Isto significa que, no total, participaram na investigação profissionais provenientes de 58 municípios diferentes, sendo que 17 deles do eixo Rio-São Paulo. Mesmo assim, é de destacar um aumento da participação de brasileiros da região Norte, o que prova que face a 2014 aumentaram em cerca de 8 pontos percentuais.

Quanto ao perfil genérico do profissional, as conclusões foram fáceis de retirar: os gestores de redes sociais inserem-se na sua maioria na faixa etária dos 19 anos aos 32 anos, representando uma fatia de 81%. Dos inquiridos percebeu-se ainda que são as mulheres as quem mais trabalham nesta área, com 52% de respostas do sexo feminino. Até aqui não houve grandes novidades, uma vez que os números estão de acordo com os resultados obtidos em anos anteriores.

Passamos agora para a formação destes profissionais. Uma vez que a área de gestão de redes sociais é recente, tal como a maior parte das disciplinas provenientes da comunicação digital, a oferta curricular não é ainda muito ampla. Atualmente, não existe uma grande variedade de cursos voltados para esta área, principalmente a nível académico. Neste patamar, o maior grau de escolaridade equivale a pós-graduações, cursos livres MBAs.

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Entre os cursos de ensino superior por que passaram os profissionais de redes sociais contam-se as licenciaturas em Publicidade, Propaganda e Jornalismo. Existem ainda múltiplos cursos livres, dos quais foram possíveis identificar 52 diferentes, prestados por 35 instituições, das quais 6 são estrangeiras.

 

Seguem-se dados referentes à aprendizagem e à forma como os profissionais definiram métodos e conheceram plataformas. Tendo em consideração, uma vez mais, que esta é uma área recente, os profissionais acabam por ter de recorrer a diversos meios de aprendizagem. Assim, 84% dos inquiridos comprovou que trabalhar na área, dentro da própria rotina de trabalho, foi um dos métodos de aprendizagem mais eficiente. Entretanto, 56% salientou que a aprendizagem aconteceu através de materiais online.

No dia a dia, os profissionais lidam com diversas redes sociais e com as suas respectivas ferramentas. Quando questionados acerca das melhores ferramentas nativas para trabalhar, 79% apontou o Facebook Insights como a melhor. Apesar de ser considerada a melhor ferramenta nativa do mercado, o Facebook foi também considerado como a 2.ª rede social  mais complexa de se trabalhar a nível de métricas. O Instagram assume o primeiro lugar, uma vez que não tem serviço próprio de analytics.

Ao todo, foram mencionadas 98 ferramentas diferentes. As mais utilizadas são: a Scup (35%), Facebook Insights (29%), Google Analytics (26%) e Twitter Analytics (17%). Com exceção desta última, que cresceu 7 pontos percentuais no último ano, as três primeiras diminuíram a participação na rotina dos profissionais, possivelmente pela forte competitividade do mercado de ferramentas, disputado por diversas plataformas concorrentes.

O que faz um gestor de redes sociais no Brasil?

Quando comparado com outras estratégias de comunicação, a tarefa de gestão de redes sociais acaba por ser de facto muito recente. Assim, ao chegar a uma empresa, é normal que o profissional seja absorvido por culturas corporativas já estabelecidas. Porém, agora que o profissional de redes sociais já tem alguns anos de mercado, que áreas mais participam na rotina, que posições ocupam, que nome recebem e quanto ganham?

Entre as conclusões retiradas, percebeu-se que áreas como planeamento (75%), conteúdo (63%) e media (54%) são as que mais ocupam a agenda. Em relação às posições ocupadas, as mais comuns no mercado são os Analistas (45%) e Coordenadores (17%) – ambos responsáveis por boa parte do trabalho operacional. Em paralelo a estes lugares, estão inúmeras nomenclaturas, sendo que boa parte delas incorporaram ao nome do profissional da área os termos “intelligence” e “analytics”. Os nomes mais comuns são business intelligence (20%), monitoramento (15%) e social analytics (11%), mas o estudo sublinha que existem várias outras nomenclaturas atribuídas pelo mercado.

Em 2015, as perguntas relacionadas com salário foram abertas e os dados cruzados com as posições, regiões e géneros. Olhando especificamente para o cruzamento com regiões, tornou-se bastante claro que o Sudeste brasileiro é a região em que, na maioria das posições, o profissional recebe os melhores salários, enquanto que no Norte os menores.

Essa diferença fica mais perceptível quando se comparam as médias salariais para diretor nas duas regiões: enquanto no Sudeste a média atinge os r$ 20.500,00, no Norte fica-se pelos r$ 3.500,00. Quando observadas as médias salariais nos cargos para cada género houve uma descoberta interessante: nos cargos mais operacionais (estagiário, assistente, analista e coordenador) os homens ganham um pouco mais, enquanto nos cargos mais gerenciais (supervisor e gerente) esse cenário se inverte.

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