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Hiperconectividade: como a Internet está a mudar a economia

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Hiperconectividade: como a Internet está a mudar a economia

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Uma investigação levada a cabo pela Economist Intelligence Unit concluiu que a Internet tem mais valor para a economia global do que setores como a agricultura e energia. O estudo “A Economia Hiperconectada” analisou o impacto económico provocado pelas ligações que acontecem diariamente entre pessoas, empresas e lugares, fenómeno conhecido também como hiperconectividade.

Apesar das conclusões sobre o contributo da Internet para o PIB dos países variarem, é consensual que a hiperconectividade representou mais de 3,4% do PIB nas maiores economias do mundo entre 2010 e 2011. As projeções para o futuro são animadoras: estima-se que em 2016 o valor da Internet duplique em relação aos números de 2010.

Hiperconectividade: o que mudou e o que vai mudar

Uma das conclusões evidentes alcançadas pelo estudo é a de que todas as economias saem a ganhar com a adoção contínua da Internet e de tecnologias de mobilidade. O ano de 2014 foi marcado pela frase de Tim Berner-Lee, o homem que ainda hoje é considerado o pai da web: “A Internet deve ser um direito do homem.” Mais do que um direito, a Internet pode ser um grande impulsionador para muitas economias.

Países em desenvolvimento devem tomar medidas rápidas e eficazes para alargar as suas redes de comunicação. O estudo sublinha que se as economias em desenvolvimento adotarem esta política, dentro de pouco tempo podem melhorar as taxas de crescimento dos seus PIBs até 72% e criar milhões de postos de trabalho. Recordemos que esta não será uma tarefa fácil: menos de metade da população mundial continua sem acesso à Internet.

É nos dispositivos móveis que está também o futuro: a navegação pela Internet faz-se cada vez mais através de smartphones e tablets. O recente aumento da hiperconectividade deve-se em parte a este fenómeno.

Entretanto, tem-se falado muito da Internet das Coisas mas o impacto desta nova tendência ainda está por determinar. As estimativas apontam que o número de “coisas” conectadas (excluindo da lista os PCs, tablets e smartphones) irá aumentar 30 vezes entre 2009 e 2020. A produção “inteligente” já deu provas de eficiência e sucesso no mundo empresarial mas é ainda difícil quantificar os benefícios finais.

Numa escala macroeconómica, a hiperconectividade mostrou sinais de crescimento. Mas cuidado! Não nos devemos deixar toldar por estes números animadores. Ainda há muitas empresas e setores a debaterem-se estruturalmente, mantendo-se longe do mundo virtual. Setores como os media, música, editoras de livros e retalho já sofreram devido a esta impreparação para o virtual. A sobrevivência de uma empresa começa a passar obrigatoriamente pelo contacto online.

O que é que a Internet tem mudado?

A Internet trouxe a globalização, aproximando todas as pessoas do mundo como nunca antes aconteceu, atrevendo-se mesmo a quebrar fronteiras e barreiras temporais. Este fenómeno está a resultar no regresso da produção aos países desenvolvidos. Uma vez que a automatização extrema é cada vez mais uma realidade, os níveis de produção podem facilmente aumentar.

 

O homem como ser cultural também sente o impacto da hiperconectividade. As empresas devem estar sensíveis às mudanças dos valores sociais e às expectativas dos clientes à medida que o impacto for evoluindo. É importante que se mantenham vigilantes para detetar tendências antes que a concorrência o faça.

Tomemos, por exemplo, o caso das compras online. Em Portugal o e-commerce regista ainda valores pouco significativos quando comparado ao retalho tradicional, apesar do rápido crescimento. Mesmo assim, este é um facto que não deve ser sobrestimado: tudo pode mudar profundamente de um dia para o outro.

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