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A Internet que conhecemos vai desaparecer nos próximos 10 anos

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A Internet que conhecemos vai desaparecer nos próximos 10 anos

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A Internet foi abalada com cabeçalhos de notícias surpreendentes em janeiro. Durante o The World Economic Forum  – um encontro na Suíça que reuniu figuras empresariais, políticas e académicas para debater o futuro da sociedade – o presidente executivo do Google, Eric Schmidt, usou as palavras “A Internet vai desaparecer.” Porém, o significado por detrás desta citação não é aquele que está a pensar.

Sim, esta foi uma resposta estranha vinda de Eric Schmidt, uma das figuras mais importantes do Google. As palavras surpreendentes surgiram exatamente quando lhe perguntaram quais as previsões para a Internet nos próximos anos. Provocadora e até mesmo assustadora ao aparecer fora de contexto, a frase tem marcado a própria Internet ao surgir em grandes cabeçalhos de jornais e websites.

Mas o que o presidente executivo da Google pretendia com a resposta “A Internet vai desaparecer” era falar de um conceito vago que tem ganho forma nos últimos meses e promete mudar realmente a forma como utilizamos a rede. Falamos, naturalmente, da Internet das Coisas, tema que já recebeu a nossa atenção no blog Estratégia Digital.

“Vão existir tantos endereços IP, tantos dispositivos, sensores, coisas que vestiremos e com as quais interagimos que não vamos sequer senti-la [à Internet]”, disse Eric Schmidt.

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Para quem não sabe, a Internet das Coisas defende que o acesso à rede não deve ficar limitado aos tradicionais dispositivos que usamos hoje: computadores, smartphones e tablets. Quer exemplos práticos?

E se o seu frigorífico tivesse acesso à Internet e pudesse comprar diretamente a partir dele as mercearias que lhe faltam? Ou um casaco lhe diz que está na hora de esticar as pernas porque está sentado há demasiado tempo? Ou ainda que o seu molhe de chaves tenha um sistema de GPS para que nunca as perca?

A Internet vai desaparecer, sim. Mas apenas como a conhecemos hoje. As previsões apontam que dentro de alguns anos a Internet andará connosco sem que tenhamos sequer consciência disso. As fronteiras tornar-se-ão mais ténues ainda, homem e rede ficarão ligados como nunca antes foi feito e irão complementar-se entre si.

Ao usar o termo desaparecer, Schdmit referia-se exatamente ao facto de que a Internet se “irá tornar tão ubíqua que não vamos sequer reparar nela”.

Mas nem todos gostam da Internet das Coisas

Apesar de todos os potenciais que a Internet das Coisas tem prometido, persiste ainda uma pergunta por responder, como percebemos acima. Afinal de contas, o que é a Internet das Coisas? Como é que as ligações vão realmente acontecer? E qual a utilidade deste sistema? A ausência de dados específicos continua a deixar a maioria de especialistas céticos.

Também em janeiro, o CEO da Samsung tentou explicar este conceito e deu alguns exemplos.

 

Imaginemos que entra em casa e que a música que estava a ouvir nos headphones começa a dar automaticamente no seu sistema de som doméstico. Não precisou de fazer nada manualmente: os dispositivos estão sincronizados. Ou imagine que se levanta do sofá e a sua smart TV pausa automaticamente baseando-se na informação que recebe a partir de câmaras colocadas na sua sala. Ou, ainda, que uma app no seu smartphone permite verificar o estado das garrafas que tem na adega.

Levanta-se então a questão: até que ponto é que a nova Internet vai mudar os nossos comportamentos? As necessidades de cada pessoa variam conforme uma série de fatores: tempo, disposição, personalidade e outros elementos que fazem parte do dia-a-dia.

Falamos de uma Internet programada para trabalhar ou até mesmo viver connosco. Será que queremos realmente que isto aconteça? É esta a pergunta que alguns especialistas e céticos têm feito. A ideia de ver máquinas a substituir pequenas ações humanas será sem dúvida um grande avanço tecnológico, mas de que forma condicionarão os pequenos prazeres e hábitos que tanto apreciamos?

Tratam-se de dúvidas que só o tempo responderá e cuja resposta continua nas mãos das grandes multinacionais do mercado tecnológico.

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