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O futuro das cidades passa pelos smartphones

O futuro das cidades passa pelos smartphones

by Tiago Leão

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Os smartphones são cada vez mais uma parte importante do nosso dia-a-dia. Se até há bem pouco tempo, estes aparelhos apenas serviam para fazer chamadas e enviar mensagens de texto, hoje funcionam como pequenos computadores que combinam várias ferramentas na palma da sua mão.

E a verdade é que, de acordo com um estudo realizado pelo ConsumerLab da Ericsson, os utilizadores de smartphones estão cada vez mais a tirar partido das várias funcionalidades destes dispositivos.

De forma geral, a investigação pretende traçar as tendências globais de forma a que possamos perceber como será o futuro. Para isso, foram analisados dados relativos a 9 grandes cidades de todo o mundo: Estocolmo, Londres, Nova Deli, Nova Iorque, Paris, Pequim, Roma, São Paulo e Tóquio.

Mas, afinal, para que é que costumamos utilizar os smartphones? Segundo os resultados apurados, os telemóveis servem normalmente para tirar dúvidas sobre questões relacionadas com saúde, para ter acesso a mapas ou para obter informações de trânsito.

O crescente número de aplicações diferentes num só aparelho faz crer que o telemóvel será uma espécie de porta para vários recursos e funcionará como uma extensão virtual da própria cidade e dos seus serviços.

Dados sobre a utilização dos smartphones

Segundo Julia Casagrande, a especialista do ConsumerLab da Ericsson no Brasil, os cidadãos querem cada vez mais que a própria cidade forneça serviços de Tecnologias de Informação e Comunicação que sejam capazes de lhes providenciar dados sobre serviços públicos, como a qualidade da água.

Para os habitantes de São Paulo, por exemplo, as questões de saúde e bem-estar são aquelas que mais os preocupam e que, por isso, apresentam um maior potencial futuro. De acordo com o estudo, 56% dos habitantes desta cidade gostariam de utilizar um sensor de postura e 49% utilizariam uma identidade biométrica unificada, um sistema que permite eliminar documentos físicos e substituí-los pelo digital.

Conetividade seria a palavra-chave de uma nova forma de viver em harmonia com a cidade. O maior interesse neste tipo de ferramentas foi manifestado por aqueles que vivem no centro, sendo que os mais entusiasmados são jovens trabalhadores a tempo integral. Esta camada corresponderá ao grupo que normalmente mais tempo passa dentro de uma cidade, quer por lá viverem, quer por lá trabalhaem.

Como serão as cidades do futuro?

A ideia não é de agora, mas são cada vez mais os seus apoiantes. Já ouviu falar de cidades inteligentes ou, em inglês, smart cities?

Imagine se com um simples telemóvel pudesse, por exemplo, encomendar o seu café minutos antes de chegar ao estabelecimento; ou se sempre que entrasse num novo museu tivesse acesso automático à explicação traduzida para a sua língua materna sobre uma determinada obra de arte. Se prefere passeios ao ar livre, porque não ter um guia privado na palma da sua mão?

As potencialidades são muitas no que toca ao turismo e ao setor terciário, mas também poderiam ser introduzidas diferenças no que diz respeito à vida pública. Através de um simples toque no ecrã do telemóvel poderia assumir um papel mais proactivo, deixar a sua opinião e analisar, por exemplo, a poluição atmosférica ou compartilhar de forma civilizada bicicletas e automóveis.

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