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Quer trabalhar na Google? Prepare-se para perguntas mirabolantes

Quer trabalhar na Google? Prepare-se para perguntas mirabolantes

by Tiago Leão

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Um discurso coerente e uma roupa adequada à situação já não são suficientes para ir a uma entrevista de emprego, principalmente se falarmos de uma das Gigantes da Internet. Leia este artigo e conheça algumas das perguntas mais estranhas – diríamos excêntricas até -, colocadas a candidatos a um lugar em empresas norte-americanas. Quer trabalhar na Google? Então, este é o post indicado para si.

Antes disso, façamos uma lista de aspetos que normalmente são tidos consideração. Já fez uma pesquisa sobre a empresa? Sabe exatamente o sector de mercado a que esta se dedica? Tem uma lista de hobbies que o tornam numa pessoa, naturalmente, vocacionada para o lugar? Não se esqueça, também, de preparar o discurso sobre o quão ambicioso e é e sobre as suas capacidades de liderança.

Pois, a tudo isto, adicione algo que pode ser fundamental: capacidade para responder a situações hipotéticas alheias a qualquer lógica. Ora, por exemplo, suponha que “um homem empurrou o seu carro até a um hotel e perdeu toda a fortuna. O que aconteceu?” Vá lá, dê asas à criatividade e responda. Não, acha que é uma pergunta completamente banal?

Mas, nem tudo é tão subjetivo. Olhe outro exemplo: imagine um estabelecimento com 25 lugares alinhados. “Cada cliente que entra senta-se invariavelmente o mais longe que pode dos outros. Ninguém se sentará diretamente ao lado de cada pessoa. Caso um cliente entre e veja que só há esses lugares, retira-se do local. O barman, naturalmente, quer acomodar o maior número possível de clientes. Se pudesse dizer ao primeiro cliente onde se sentar, que lugar deveria escolher?”

Enquanto isso, vá pensando “quanto cobraria para lavar todas as janelas de Seatle” ou vá trabalhando mentalmente num “plano de evacuação da cidade de São Francisco”. Se não for desafiante o suficiente, temos a equação certa para si: suponha que há um país onde todos os pais querem ter um rapaz, sendo que todos eles continuam a ter crianças até concretizarem o seu desejo. “Qual é a proporção de meninos para meninas nesse país?”

Não, não estamos a brincar. As perguntas são reais e foram compiladas num livro chamado “” (em português, “Você é inteligente o bastante para trabalhar no Google?“) A obra é da autoria de William Poundstone, um investigador norte-americano que explorou os segredos mais profundos da Google. O sucesso da sua investigação foi tal que se expandiu a outras multinacionais, como a Apple, a Microsoft ou a General Motors.

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O livro é um guia prático para todos aqueles que procuram emprego e ajuda-o a dar um final feliz a entrevistas que mais parecem filmes de ficção e, nalguns casos, de terror. Clique , tire a prova dos 9 e veja se, de facto, é suficientemente bom para a Google.

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Porquê tantas perguntas?

A crise económica e a falta de tempo generalizada expuseram uma realidade: os melhores entrevistados, nem sempre são os melhores trabalhadores. De acordo com Poundstone, cerca de 40% dos entrevistados não corresponde às expetativas, embora se consigam sair bem na entrevista. E não é toa que a Google consegue juntar na mesma sala alguns dos maiores génios do planeta. A verdade é que a empresa está a mudar as regras de recrutamento e não é a única: várias empresas já adotaram a mesma estratégia.

Se por acaso tentar trabalhar para a Microsoft, prepare-se para responder a uma pergunta como esta: “Alguém lhe dá um cubo de queijo e uma faca. Quantos cortes retos precisa executar com uma faca para dividi-lo em 27 cubinhos?”. Se não for bom com contas, não se preocupe. “Você está num corredor de pedra com oito metros de comprimento por oito metros de largura. Aparece o Príncipe das Trevas. O que é que você faz?”

 

Se, por sua vez, se candidatar a um lugar na Apple, poderá ter de saber “quantos lixeiros há na Califórnia” e, se quiser um lugar na General Motors, o melhor é saber “quantos postos de Gasolina há nos Estados Unidos da América”.

Os “interrogatórios” podem durar horas ou até semanas e procuram, não só analisar a competência dos candidatos, como determinar aspetos como a vocação para o cargo ou a capacidade de reação a situações de pressão. O objetivo principal é avaliar aquilo a que os psicólogos chamam de “pensamento divergente“, ou seja, a capacidade para encontrar o maior número possível de soluções para um mesmo problema.

Prepare-se para qualquer situação e saiba como reagir perante os cenários mais bizarros. “Are You Smart Enough to Work at Google?” deita por terra o mito de que o entrevistador está lá para o ajudar e ensina-o como pode contornar as situações da melhor forma. Adquira o livro e, entretanto, vá pensado como descreveria “um frango em linguagem de programação.”

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