Redes Sociais online: as novas dependências
Apesar da sensação de proximidade que as redes sociais proporcionam e da possibilidade de se estabelecerem contactos pessoais e/ou profissionais importantes, há também quem defenda que o uso excessivo destas ferramentas leva o indivíduo à dependência e, por inerência, ao isolamento.
A dependência é precisamente um dos grandes impactos das redes sociais na vida das pessoas.
Se o utilizador não tiver controlo, desenvolve dependência, verificada no acesso constante às mensagens recebidas na expectativa de interagir com outros utilizadores. Ainda pior é a sensação de frustração ou ansiedade no caso de não poder aceder à sua conta.
Um levantamento realizado pela Internet Time Machine apontou que a dependência das mídias sociais, especialmente do Facebook, está no topo do ranking de vícios digitais e cada vez mais é maior o número de pessoas que procuram ajuda.
Ainda segundo o mesmo organismo, o estudo também revelou que “no topo da lista de dependências, o maior vício ainda é o alcoolismo”, seguido pelas dependências de drogas como a heroína e a cocaína. Já o Facebook ficou no 16.° posto do ranking, acima de outros inúmeros tipos de vícios”.
Como curiosidade, e ainda segundo o mesmo documento, refira-se que “as pessoas procuraram a frase «Dependência de Facebook» 121.8 milhões de vezes nos últimos dias”.
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É importante frisar ainda que já existe tratamento para essa dependência, um tratamento dividido em três fases que são:
– Psicoterapia: ajuda e trata os problemas que o paciente pode ter ao nível das reações pessoais.
– A fase Offline: que trata a reação do paciente ao vazio deixado pela não utilização da rede social.
– Estimulação da Vida Real: parte durante a qual cada pessoa regressa ao contexto social e é estimulada a praticar, por exemplo, exercício físico ou participar em atividades com a família e amigos.
Esta nova geração de viciados do século XXI, como alguns psiquiatras estão a descobrir, apresenta sintomas físicos e psicológicos semelhantes à adição de substâncias como a nicotina, o álcool ou comprimidos. Parece brincadeira, mas não é.
Esta dependência até já tem nome: Facebook Addiction Disorder (FAD) – uma perturbação psicológica derivada da Internet Addiction Disorder, diagnosticada pelo psiquiatra norte-americano Ivan Goldberg em 1995. Ainda não é considerada uma patologia, mas já começou a ser identificada.
Noutro estudo, intitulado “Eles são mais felizes e têm uma vida melhor que a minha: O impacto do uso do Facebook na percepção da vida dos outros”, realizado com 400 alunos da Universidade de Utah Valley, nos Estados Unidos, constatou-se que a maioria das pessoas era propensa a pensar que as outras são mais felizes e aqueles que usam o Facebook com mais frequência tinham mais hipóteses de acreditar que a vida era injusta.
No entanto, alguns pesquisadores discordam dos resultados e alegam que a rede de Mark Zuckerberg não cria nenhuma percepção da vida de ninguém. Isto porque, alegam, enquanto as pessoas tendem a postar fotos e as suas fotografias de felicidade nas férias fora do país, poucos vão postar fotos das suas úlceras ou da fatura do cartão de crédito.
Se quiser saber qual o seu nível de adição, existe uma nova ferramenta chamada TimeRabbit que não é mais do que uma aplicação que mede o número de horas que passamos no Facebook e que pode ser uma boa maneira para percebermos quanto do nosso tempo livre é gasto nessa rede social.
Segundo o site desta aplicação, o utilizador médio norte-americano passa nesta rede social 7 horas e 45 minutos por mês. O TimeRabbit poderá ajudar as pessoas a perceberem se estão acima ou abaixo desta média.
Como funciona o Time Rabbit?
A aplicação deve ser instalada no desktop do computador, obrigatoriamente com sistema operativo Windows. Sempre que a pessoa iniciar sessão no Facebook, o cronómetro começa a contar. O TimeRabbit pára cinco segundos depois de se fechar a sua sessão no Facebook e reconhece quando a página está aberta, mas sem se mexer nela. Também está disponível uma funcionalidade que quantifica o número total de horas gastas no Facebook ao longo de toda a vida.
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