Amazon: a maior loja online do mundo não é só uma loja
Nasceu no ano de 1994 e se tivéssemos que definir uma grande potência do comércio online seria ela a eleita. Neste post falamos-lhe da Amazon.com, a maior loja online do mundo que, como vamos ver mais à frente, já não é só uma loja. Continue a ler e descubra alguns dos marcos que fazem deste um dos maiores (senão o maior) caso de sucesso digital do e-commerce.
No Estratégia Digital não nos cansamos de dizer que a Internet mudou o mundo. Mas não estamos sozinhos. Aliás, não somos sequer os primeiros – nem seremos com certeza os últimos – a afirmá-lo. Na primeira metade do comércio eletrónico, altura em que a Internet era algo acessível apenas a um grupo de privilegiados, Jeff Bezos decidiu pôr de lado a sua carreira de 30 anos em Wall Street para dar forma a uma ideia visionária: uma loja de livros que atuava exclusivamente online.
Embora a Amazon.com tenha sido fundada em 1994, o website só ficou online no ano seguinte. No primeiro mês, a empresa com sede em Seatle (onde os livros eram guardados num armazém) deu resposta a pedidos de clientes espalhados pelo 50 estados dos Estados Unidos da América e por um total de 45 países.
A partir daí o crescimento foi exponencial, sendo que a cada ano que passava se verificava um aumento do volume de negócios em ordens muito superiores aos 100%. O sucesso é explicado não só pelo crescimento do número de utilizadores da Internet, como também pela forma intuitiva, simples e direta com que o site podia ser utilizado por qualquer pessoa. Aliás, dizemos até que, como pioneira que é, a Amazon marcou para sempre a forma como se fazem negócios na Internet.
E, apesar das mudanças e do alargamento da oferta para outro tipo de produtos, o objetivo original manteve-se ao longo dos anos. A meta é proporcionar uma experiência de compra personalizada e fácil. Como diz o slogan, “Amazon… And you’re done” (expressão que, em português, significaria qualquer coisa como “Amazon… e já está”).
Mais do que uma plataforma de e-commerce, a Amazon é hoje um website utilizado por milhões de utilizadores para descobrir livros e outros produtos de que nunca ouviram falar. Basta fazer login para ter a possibilidade de criar uma “wishlist” (lista de desejos), onde podemos colocar todos os artigos que queremos mas não podemos comprar, pelo menos por agora. E se, por acaso fizer anos em breve, outro utilizador poderá consultar a sua lista e quem sabe oferecer-lhe o tão desejado livro, gadget ou peça de roupa. Mas o serviço de compra personalizado que há pouco mencionamos não se fica por aqui. Há ainda a opção de “Search Inside The Book” (procurar dentro do livro) e o muito útil sistema de compra com apenas um clique.
Amazon: do mundo para o mundo
No ano de 2000, a Amazon abriu portas aos vendedores e começou a servir de plataforma de contacto entre as empresas de retalho e o cliente final. Como seria de esperar a adesão foi enorme, sendo que hoje em dia já existem mais de 2 milhões de pequenas, médias e grandes empresas que utilizam a Amazon.com para aumentar as suas vendas. Num sistema em que todos ganham, a Amazon consegue arrecadar quantias astronómicas de dinheiro: em 2014, a empresa foi responsável pelo envio de 16 milhões de unidades, angariou 10 milhões de novos utilizadores (que se juntaram aos mais de 200 milhões já existentes), e vendeu artigos cujo valor total ultrapassa os 20 biliões de dólares. Nas redes sociais, a Amazon é um sucesso. Durante a Black Friday, a empresa foi mencionada 126 mil vezes no Twitter. Na Cyber Monday, as referências ficaram-se nos 1802 mil. Durante o último ano, a empresa enviou encomendas para 185 países. Para chegar até ao produto, os utilizadores usaram uma das plataformas irmãs da Amazon original: falamos, por exemplo, da Amazon Brasil, a Amazon UK, a Amazon Canada, a Amazon China, a Amazon França, a Amazon Alemanha, a Amazon India, a Amazon Itália, a Amazon Japão, a Amazon Mexico, a Amazon Holanda, a Amazon Espanha e a Amazon Reino Unido.
Amazon: Mais do que uma loja online
Lembra-se de no início termos dito que a Amazon já não era só uma loja? Pois, não nos esquecemos dessa parte: ao longo dos anos a empresa tem apostado em iniciativas diferentes de áreas relacionadas ou, às vezes, nem tanto. Identificando uma nova oportunidade, em 2007, a gigante do comércio eletrónico resolveu lançar o famoso Kindle. Este novo gadjet – que é um sucesso de vendas em todo o mundo – destina-se a todos os adeptos de e-books. Ao contrário dos outros tablets, este eReader foi pensado especificamente para quem gosta de ler, funcionando não só com livros, mas também com revistas e jornais digitais. Mas esta foi só uma das muitas iniciativas. Falemos, agora, por exemplo da aposta no mercado televisivo e cinematográfico através da criação de um serviço vídeo on demand, onde é possível comprar e assistir a filmes e séries. O investimento é recente, mas já foram lançadas séries originais com boa aceitação por parte da crítica e do público. “Transparent” ganhou os Globos de Ouro nas categorias de Melhor Série de Televisão de Comédia ou Musical e de Melhor Performance por um Ator numa Série de Televisão de Comédia ou Musical (atribuído a Jeffrey Tambor). Para reforçar o papel pioneiro, no futuro a Amazon quer fazer entregas de forma automática através de drones. É isso mesmo. A ideia já foi aprovada nos Estados Unidos da América e está a ser colocada à prova numa pequena localidade secreta. O objetivo é que depois de finalizar a encomenda no website, só tenha de esperar 30 minutos até que o artigo esteja em sua casa. Em vez do senhor da transportadora, quem lhe baterá à porta será um pequeno robot voador, um drone de entregas que vai ter onde quer que você esteja. A política vem reforçar o imediatismo da compra que tem vindo a ser acentuado pela crescente utilização dos telemóveis e tablets para fazer compras online.
LEIA AGORA OUTROS ARTIGOS RELACIONADOS: – Submarino Viagens: um mar online de destinos para viajar – Livraria Cultura: Quase 70 anos a vender livros e muito mais – Ricardo Lombardi: o homem que trocou a Yahoo por uma livraria de usados